I
Foges da tua pátria – menino, menina!
Foges da terra que te viu nascer
Fogem homens, fogem mulheres!
Idosos, doentes, maltrapilhos, quase mortos!
II
Foges da guerra, foges da fome
Foges para uma Europa hostil
Que não quer lhes abrigar
Não fique aí parado, a insensatez humana irá lhe matar
III
Foges de barco, onde só cabem dez.
Centenas querem o oceano atravessar
Se ficares no seu país, morrerás queimado, baleado!
Não há outro jeito, você tem que arriscar
IV
Morre menino de Aleppo, da Síria
Antes de morrer, deves chorar
Morrem crianças de todo o oriente
Sucumbem, afogam-se, tentando se salvar
V
Refugiados do mundo, procurem um outro planeta.
Este não serve para se habitar!
Estácio Marques Dourado, membro da Academia
de Letras de Irecê, é autor de outros livros
como, por exemplo, DOCES LEMBRANÇAS DO INTERBA.
Paulo Heber diz
Parabéns ao confrade Estácio Dourado, pela poesia: “Refugiados”.
Falar em refugiados, lembro-me de um imagem, muito forte, que a revista Veja lançou em uma das suas edições, na qual mostrava uma criança morta na praia, toda arrumadadinha, com: calça, tênis, blusa de frio, etc.,devido ao naufrágio sofrido, qdo ele e família estavam fugindo do seu país de origem.
Jackson Rubem diz
Lembro também. Foi um acontecimento marcante que mostra o quão inseguro é nosso mundo.
Gustavo Dourado diz
Lido e apreciado.
Parabéns ao confrade.
Jackson Jackson diz
Obrigado, Gustavo, por comentar no site da ALI.